O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, votou nesta quarta-feira, 19, pela rejeição dos recursos apresentados por ex-integrantes do governo federal e autoridades militares para afastar três ministros do STF do julgamento sobre a denúncia de um golpe. Barroso argumentou que as alegações de parcialidade contra os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin não foram acompanhadas de provas substanciais, não configurando, portanto, motivo para impedimento.
A sessão extraordinária no plenário virtual do STF está analisando os recursos apresentados, que são fundamentais para o andamento do julgamento, marcado para o dia 25 de março. A votação sobre os recursos se encerrará na quinta-feira, 20, à noite. O processo envolve a acusação de um golpe, com os réus sendo líderes de um plano golpista, e a decisão sobre o afastamento dos ministros será crucial para o desenvolvimento do caso.
Os recursos questionam a imparcialidade de diferentes ministros, alegando, entre outros pontos, que Flávio Dino teria envolvimento com uma investigação contra o ex-presidente, que Cristiano Zanin teria subscrito uma ação contra o governo, e que Alexandre de Moraes não poderia relatar o caso devido a suposições sobre sua participação em uma suposta operação. Contudo, o voto de Barroso reafirma que tais alegações não são suficientes para justificar a exclusão dos ministros do julgamento.