O ministro do STF, Gilmar Mendes, comentou sobre a recente decisão da Corte que ampliou o foro privilegiado para investigações relacionadas a crimes cometidos por autoridades após o fim de seus mandatos. Ele afirmou que a mudança foi uma adaptação à realidade e criticou a visão anterior que não levava em conta o contexto real das prerrogativas. A mudança busca evitar excessos e corrigir o que ele considerou um erro, influenciado pela opinião pública de que o foro privilegiado representava um grande mal.
A alteração no entendimento do STF estabelece que, mesmo após o fim do mandato de um político, investigações relacionadas a crimes cometidos no exercício da função política continuarão sob a análise do Supremo. Isso se aplica a casos como os de políticos acusados de envolvimento em crimes durante seus mandatos, onde as investigações não serão transferidas à 1ª Instância, mesmo que os envolvidos já não ocupem cargos públicos.
Gilmar Mendes destacou que a decisão representa uma reflexão do Tribunal sobre as críticas que recebeu ao longo do tempo. Ele defendeu que, com o tempo, o STF tem revisado suas decisões, demonstrando capacidade de autocrítica e moderação. Para o ministro, a mudança é um passo importante para ajustar a aplicação da justiça às novas realidades políticas e sociais do país.