A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a suspensão da rede social Rumble no Brasil, com base em uma decisão do ministro Alexandre de Moraes. A medida foi tomada após a constatação de que a empresa não possuía representante legal no país, o que é exigido pela legislação brasileira. A falta de um novo representante ocorreu após a renúncia dos advogados da empresa, situação que motivou a ação judicial.
A votação foi realizada entre os dias 7 e 14 de março, com todos os ministros da Primeira Turma, incluindo Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, concordando em manter a suspensão. A decisão foi tomada no mesmo processo que resultou na prisão e pedido de extradição de um blogueiro acusado de disseminar ataques ao STF, além de incitar discursos de ódio.
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que, apesar da suspensão dos perfis nas redes sociais, o acusado continua criando novas páginas para perpetuar suas ações. Além disso, Moraes destacou que o Rumble tem sido utilizado como plataforma para disseminação de discursos de ódio e ataques à democracia, colocando em risco o respeito à instituição do Poder Judiciário brasileiro. Por sua vez, o CEO do Rumble declarou publicamente que a empresa não cumprirá as determinações legais do STF.