A Suprema Corte dos EUA rejeitou, no dia 5 de março, o pedido do governo de suspender US$ 2 bilhões em ajuda externa, parte dos esforços da administração Trump para cortar gastos. A decisão, tomada por 5 votos a 4, foi um revés para a Casa Branca, mesmo com Trump tendo indicado três dos nove juízes da corte. A maioria dos magistrados entendeu que o governo deveria cumprir com contratos já firmados para a execução de programas de ajuda internacional, invalidando o decreto de Trump que suspendia os pagamentos.
O pedido do governo envolvia o congelamento de fundos destinados à Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e ao Departamento de Estado, que eram parte de programas de ajuda externa. Diversos grupos e ONGs contestaram a medida judicialmente, alegando que a suspensão violava a Constituição e comprometeria ações de saúde e assistência internacional essenciais. A corte determinou que o juiz federal Amir Ali esclarecesse quais compromissos o governo dos EUA deveria cumprir em relação aos pagamentos já acordados.
Em paralelo, a administração Trump, em seu esforço para reduzir os gastos públicos, buscava cortar a ajuda da Usaid, com o apoio de aliados como o empresário Elon Musk. A medida foi contestada em várias frentes, com advogados argumentando que ela causaria danos consideráveis a populações vulneráveis ao redor do mundo e prejudicaria a eficácia de programas globais essenciais. A decisão da Suprema Corte reflete a resistência do Judiciário a uma suspensão total da ajuda, defendendo o cumprimento das obrigações já contratadas pelo governo dos EUA.