A Suprema Corte dos Estados Unidos irá avaliar uma ação movida pelo governo mexicano, que processa fabricantes de armas norte-americanos, alegando que a venda de armas facilita o acesso de cartéis de drogas. O caso, que foi iniciado em 2021, envolve grandes empresas do setor, como Smith & Wesson e Colt, acusadas de vender armas que acabam sendo traficadas para o México e caem nas mãos de criminosos. O governo mexicano busca uma indenização de US$ 10 bilhões por danos relacionados ao tráfico de armas.
O processo retorna ao tribunal em um momento de tensão comercial entre os dois países, com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tendo anunciado um aumento de 25% nas tarifas sobre produtos vendidos ao México. A ação argumenta que a venda dessas armas contribui diretamente para a violência ligada aos cartéis de drogas no México, uma questão que preocupa o governo mexicano e afeta a segurança pública.
Por outro lado, as empresas de armas defendem que estão protegidas pela Lei de Proteção ao Comércio Legal de Armas, que limita processos judiciais contra fabricantes. Os advogados das empresas argumentam que a legislação aplica-se a este caso específico e pedem que a ação seja rejeitada, destacando a necessidade de um equilíbrio entre a defesa do comércio legal e as acusações feitas pelo governo mexicano.