Jean Ziegler, inspirado por Che Guevara, dedicou os últimos 60 anos de sua vida a denunciar o papel da Suíça em permitir práticas ilícitas e injustas em nível global. A partir de suas investigações e publicações, ele expôs como o país tem sido um facilitador para atividades prejudiciais, como lavagem de dinheiro e financiamento de regimes controversos. Embora tenha sido aplaudido por muitos por seu compromisso com os direitos humanos, Ziegler também acumulou uma série de inimigos que o acusam de traição e de prejudicar a imagem do país.
Ao longo de sua trajetória, Ziegler desafiou as convenções e questionou a ética de políticas que beneficiam uma elite global em detrimento das populações mais vulneráveis. Seu trabalho inclui diversas intervenções públicas e a escrita de livros, onde ele apresenta argumentos contundentes sobre como instituições financeiras suíças têm facilitado o acesso a fundos de regimes autoritários e empresas envolvidas em atividades criminosas. A crítica de Ziegler vai além de um simples ataque a atores individuais, refletindo sua visão de um sistema financeiro global injusto.
Apesar das críticas, ele segue sendo uma figura central no debate sobre a responsabilidade das nações desenvolvidas em questões globais de justiça social. Seus detratores, no entanto, não hesitam em acusá-lo de exagero e de distorcer a realidade para promover sua visão política. O impacto de seu trabalho na conscientização internacional sobre a corrupção financeira e as violações dos direitos humanos é inegável, embora seu posicionamento controverso continue a dividir opiniões em todo o mundo.