Leis rigorosas foram essenciais para salvar os lobos da extinção na Itália, mas a possível flexibilização dessas normas preocupa conservacionistas. Recentemente, um pacote inteiro de lobos — incluindo uma fêmea grávida e sete filhotes — foi encontrado morto em Cocullo, no centro do país. Os animais ingeriram carne envenenada deixada intencionalmente, um método cruel que não só mata as vítimas diretas, mas também contamina o ecossistema, afetando outras espécies e o ambiente por anos.
O veneno usado no ataque também matou abutres e corvos, mostrando como a prática desencadeia uma cadeia de destruição. Além dos animais encontrados, acredita-se que outros tenham morrido em locais isolados, longe da vista humana. Esse tipo de ação, muitas vezes motivada por conflitos entre humanos e vida selvagem, ganha força quando as leis de proteção são enfraquecidas, incentivando comportamentos vigilantistas.
A situação expõe o delicado equilíbrio entre a conservação de espécies ameaçadas e os interesses de comunidades locais. Enquanto alguns defendem medidas mais brandas para controlar a população de lobos, especialistas alertam que a redução na fiscalização pode levar a mais ataques ilegais, colocando em risco décadas de esforços para preservar a biodiversidade.