Empresas apoiadas por capital de risco, avaliadas em bilhões de dólares, estão revolucionando a forma como a guerra será conduzida, utilizando armas futuristas e inteligência artificial. Companhias como a Skydio, especializada em drones autônomos, estão desafiando os tradicionais fabricantes de equipamentos militares. Com sede na Califórnia, a Skydio desenvolve drones capazes de operar sem GPS, usando câmeras e algoritmos de IA para missões pré-programadas, como patrulhamento autônomo e reconhecimento de terreno. A empresa, que já recebeu mais de US$ 740 milhões em investimentos, abandonou o mercado de consumo em 2020 para focar em aplicações militares e civis, como forças policiais e empresas de utilities.
A ascensão dessas startups levanta questões sobre o futuro da indústria bélica tradicional. Se empresas ágeis e inovadoras conseguirem superar as gigantes do setor, a dinâmica nos campos de batalha pode mudar radicalmente. Drones autônomos e outras tecnologias emergentes podem oferecer vantagens táticas, como maior precisão e redução de riscos para soldados, mas também trazem desafios éticos e estratégicos. A capacidade de operar sem intervenção humana, por exemplo, pode acelerar decisões em combate, mas também levantar debates sobre o controle e a responsabilidade em conflitos.
Embora ainda seja cedo para prever se essas empresas vão substituir completamente as tradicionais fabricantes de armas, sua influência já é perceptível. A Skydio, por exemplo, tornou-se a maior produtora de drones dos EUA, sinalizando uma tendência de modernização das forças armadas. Se esse movimento se consolidar, os exércitos do futuro podem depender cada vez mais de tecnologia desenvolvida pelo setor privado, redefinindo não apenas a produção de armamentos, mas também a própria natureza da guerra.