Em Wellington, na Nova Zelândia, uma startup chamada OpenStar Technologies está trabalhando em um reator de fusão nuclear inovador, com o objetivo de gerar energia limpa e ilimitada. A fusão nuclear, processo oposto à fissão nuclear, busca fundir átomos, principalmente hidrogênio, em vez de dividi-los, o que pode produzir grandes quantidades de energia sem os problemas de resíduos radioativos. Recentemente, a OpenStar alcançou um marco importante, criando plasma superaquecido a cerca de 300 mil graus Celsius, um passo crucial no desenvolvimento da fusão nuclear.
Ao contrário dos métodos tradicionais, como o tokamak, que utiliza campos magnéticos para conter o plasma, a OpenStar inverte essa tecnologia, colocando um poderoso ímã dentro do plasma. Isso permite um design mais simples e rápido, facilitando ajustes e melhorias no processo. A empresa acredita que seu sistema pode acelerar o progresso da fusão nuclear, reduzindo o tempo de desenvolvimento comparado aos projetos governamentais de longo prazo. Para isso, a OpenStar já arrecadou milhões de dólares e planeja construir novos protótipos para testar a viabilidade comercial da fusão.
Embora a fusão nuclear seja considerada o “Santo Graal” da energia limpa, ainda há desafios científicos e tecnológicos significativos pela frente. Muitas empresas, como a OpenStar, atraíram grandes investimentos e prometem resultados em um prazo relativamente curto, com algumas estimando a entrega de energia para a rede elétrica já na próxima década. Contudo, especialistas apontam que pode ser necessário mais tempo para superar as barreiras técnicas e tornar a fusão nuclear uma realidade comercial viável e segura.