O fenômeno do “sleepmaxxing” tem ganhado popularidade nas redes sociais como uma tentativa de melhorar a qualidade do sono, com uma série de estratégias que incluem suplementos, mudanças nos hábitos diários e o uso de aparelhos. Técnicas como tomar magnésio e melatonina, usar máscara de sono, meditar, e até mesmo a prática de “tapeamento da boca” para forçar a respiração nasal são algumas das abordagens adotadas. No entanto, os especialistas alertam que a eficácia dessas práticas varia de pessoa para pessoa e nem todas têm base científica comprovada.
Embora algumas técnicas, como manter o quarto fresco e escuro ou evitar o uso de telas antes de dormir, sejam amplamente recomendadas, outras, como comer kiwi antes de dormir ou tomar banhos a uma hora específica, carecem de evidências sólidas que as sustentem. Além disso, o uso de dispositivos como rastreadores de sono pode levar a uma obsessão excessiva pela qualidade do descanso, um problema conhecido como “ortossônia”, que pode prejudicar ainda mais o sono ao aumentar a ansiedade.
Os profissionais de saúde alertam para o risco de se fixar demais no sono e no uso de produtos como suplementos sem a orientação adequada. Técnicas como o uso de melatonina ou magnésio só são recomendadas em casos específicos de deficiência, e o “tapeamento da boca” pode ser desconfortável e prejudicial, especialmente para pessoas com apneia do sono. Caso alguém tenha dificuldades constantes para dormir, o mais indicado é procurar um médico para um diagnóstico preciso, ao invés de confiar exclusivamente em tendências das redes sociais.