O conflito na Síria, que já dura 13 anos, intensificou-se após a deposição de Bashar al-Assad em dezembro. O presidente interino Ahmad Sharaa pediu unidade e paz civil em meio a uma escalada de violência, com mais de mil mortos, principalmente entre a minoria alauíta, antiga base de apoio de Assad. O novo governo, formado principalmente por sunitas, é acusado de realizar uma limpeza étnica contra os alauítas, enquanto milícias armadas e ex-militares leais a Assad travam intensos confrontos com as forças de segurança.
As organizações de direitos humanos denunciavam assassinatos em massa de civis alauítas, alegando uma perseguição por parte do novo regime. O grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham, responsável pela queda de Assad, lidera o processo de transição política, prometendo anistia para alguns, mas buscando punir membros do regime anterior. Enquanto isso, outras facções no país, como as Forças Democráticas da Síria e o Exército Nacional Sírio, também se destacam no cenário de fragmentação política e militar, com interesses variados e apoio externo.
A situação continua tensa, com a presença de grupos extremistas como o Estado Islâmico e facções regionais como os drusos no sudoeste, complicando ainda mais o panorama de paz. A instabilidade gerada por esses múltiplos conflitos regionais ameaça a reconciliação e a restauração da ordem na Síria, enquanto o controle do território permanece dividido entre facções diversas e com objetivos distintos.