O volume de serviços no Brasil apresentou uma queda de 0,2% em janeiro, após a estabilidade registrada em dezembro, evidenciando um início de 2025 mais fraco do que o esperado. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pela queda no setor de transportes, que registrou um recuo de 1,8%. Em comparação com janeiro de 2024, o volume de serviços avançou 1,6%, mas ficou abaixo da projeção de 1,9%. O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB brasileiro, teve uma expansão de 3,7% em 2024, embora tenha mostrado sinais de desaceleração no final do ano devido ao impacto da alta taxa de juros.
O desempenho negativo nos serviços foi generalizado, afetando tanto a demanda quanto a oferta. A área de transportes foi a mais impactada, com perdas em segmentos como transporte dutoviário, aéreo e rodoviário coletivo de passageiros. Além disso, houve quedas significativas nos serviços prestados às famílias e nos serviços profissionais, administrativos e complementares. No entanto, os segmentos de informação e comunicação e outros serviços se destacaram com avanços de 2,3% cada.
A política monetária restritiva, com a Selic em 13,25% ao ano e a possibilidade de um novo aumento, continua a pressionar o consumo e a atividade econômica. A combinação da alta taxa de juros e a desaceleração do ritmo de crescimento indicam que o setor de serviços pode enfrentar desafios adicionais em 2025, refletindo uma tendência de acomodação no desempenho da economia brasileira.