Um grupo de servidores do IBGE acusa a instituição de retaliação e assédio moral após questionarem medidas da atual gestão. Em carta assinada por 11 técnicos de duas gerências (Gecoi e Gedi), os funcionários relatam que a coordenação determinou a transferência de suas equipes para um complexo em Parada de Lucas, área próxima a regiões de alta criminalidade, sob a justificativa de necessidade de proximidade com serviços gráficos. Os servidores argumentam que a mudança é injustificada, já que suas funções são digitais e não exigem presença física no local, e interpretam a decisão como represália por terem criticado publicações do órgão.
A crise no IBGE se intensificou desde o ano passado, com pedidos de exoneração de diretores e acusações de autoritarismo. A presidência do instituto nega as críticas, afirmando que as mudanças fazem parte de uma “transformação importante” e que as acusações são infundadas. No entanto, os servidores destacam que o complexo de Parada de Lucas já estava prestes a ser desativado devido aos riscos de violência, o que tornaria a transferência ainda mais incoerente.
A direção do IBGE não se manifestou sobre as denúncias até o momento. Enquanto isso, os funcionários afetados temem que a medida prejudique suas condições de trabalho e segurança. O caso reflete tensões mais amplas dentro do órgão, que enfrenta desafios para equilibrar eficiência administrativa e respeito aos direitos dos servidores.