Um grupo de servidores da Prefeitura de Perolândia, município situado a 420 km de Goiânia, é investigado por supostamente participar de um esquema de falsificação de diplomas para obter aumentos salariais. De acordo com a apuração, 67 dos 114 funcionários do município teriam apresentado certificados de cursos inexistentes, com aulas e professores falsos, para garantir um bônus de até 30% no salário. A Prefeitura suspendeu os bônus após a denúncia, e a investigação agora se concentra nas empresas que forneciam os diplomas falsificados.
O Ministério Público está conduzindo as investigações e, durante os depoimentos, ficou evidente que muitos servidores não possuíam conhecimento sobre os cursos que supostamente haviam realizado. Em um caso que ganhou destaque, um promotor de Justiça completou um curso de 272 horas em apenas 13 minutos, evidenciando a fraude no esquema. Além disso, as investigações se expandiram para um esquema nacional envolvendo a produção de carteirinhas e diplomas falsos, com escolas de Minas Gerais sendo um dos principais alvos.
O esquema teria gerado lucros superiores a R$ 17 milhões entre 2020 e 2023, com parte desse valor sendo lavada por meio de um negócio legítimo. A defesa dos envolvidos argumenta que não houve ilegalidade por parte das escolas, responsabilizando os próprios estudantes e as entidades que reconhecem cursos de baixa qualidade. As autoridades seguem catalogando os documentos apreendidos para aprofundar as investigações, enquanto o caso continua a ser analisado.