O senador Carlos Portinho (PL-RJ) apresentou um voto de repúdio à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e seu presidente, Alejandro Domínguez, após uma declaração considerada ofensiva. Em uma entrevista, Domínguez comparou a ausência de clubes brasileiros na Copa Libertadores com a figura do Tarzan sem a Chita, o que foi interpretado como uma analogia racista e estereotipada. Portinho e outros senadores criticaram duramente a postura de Domínguez, associando-a a um reforço de preconceitos raciais que devem ser combatidos.
Além disso, o senador Portinho manifestou insatisfação com a multa de US$ 50 mil imposta à equipe Cerro Porteño, do Paraguai, após atos de racismo contra o jogador Luighi, do Palmeiras, durante uma partida pela Copa Libertadores Sub-20. A punição foi considerada insuficiente e reflete a falta de ações efetivas contra a intolerância racial no futebol sul-americano. Outros senadores, como Randolfe Rodrigues e Flávio Arns, também se uniram ao repúdio, pedindo reações firmes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e das autoridades esportivas brasileiras.
Em resposta à declaração de Domínguez, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) protocolou um requerimento de censura, considerando as palavras do presidente da Conmebol como racistas e prejudiciais ao combate à discriminação. Ela destacou que o voto de censura busca fortalecer a luta contra o preconceito racial e reafirmar o compromisso do Brasil em não tolerar qualquer tipo de discriminação, refletindo o posicionamento das instituições nacionais em defesa de um futebol mais justo e igualitário.