O senador Plínio Valério (PSDB-AM) expressou críticas à venda da mineradora Pitinga, localizada no Amazonas, para uma estatal chinesa, durante pronunciamento no Senado. Valério afirmou ter ingressado com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para suspender a transação, destacando os potenciais impactos negativos sobre a soberania nacional. O senador argumentou que a mina de Pitinga contém não apenas estanho e cassiterita, mas também rejeitos que possuem minerais estratégicos, como urânio e lítio, que poderiam ser explorados pela tecnologia avançada disponível para os chineses.
Além disso, o parlamentar ressaltou que a transação ocorreu sem a anuência do Congresso Nacional, o que, segundo ele, contraria a legislação vigente que exige a aprovação dos parlamentares para negociações desse porte. Valério classificou o processo como um ataque à soberania do Brasil e aos interesses da população. Ele também cobrou uma ação mais incisiva do Ministério Público Federal na proteção dos recursos nacionais e no acompanhamento da venda da mineradora.
A Justiça Federal no Amazonas determinou que as autoridades envolvidas na transação forneçam esclarecimentos sobre a venda em um prazo de dez dias antes de qualquer decisão sobre o pedido de liminar. O senador continuou a manifestar preocupação com a entrega de recursos estratégicos do país a uma entidade estrangeira, criticando a falta de transparência e o processo de venda.