O senador Eduardo Girão expressou preocupações sobre a proposta de regulamentação das emendas parlamentares, destacando problemas na distribuição dos recursos e no poder centralizado nas mãos dos líderes partidários. Segundo ele, uma minuta que circula entre os parlamentares não resolve os problemas existentes e ainda agrava a situação, uma vez que os ajustes ficariam sob a decisão de presidentes de comissão, o que reforça o poder das lideranças partidárias. Girão questionou a falta de democracia no processo, sugerindo que as emendas continuam a ser indicadas sem a participação dos parlamentares de forma mais ampla.
Além disso, o senador criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando a Corte de favorecer excessivamente o governo federal, o que, segundo ele, enfraquece a fiscalização do Senado e interfere indevidamente nos Poderes. Girão alertou para os impactos dessa relação, classificando-a como um enfraquecimento das instituições e destacando a necessidade de um sistema de freios e contrapesos mais eficiente para garantir a autonomia do Legislativo.
No campo da segurança pública, o senador abordou a situação no Ceará, onde a violência e os ataques de facções criminosas têm levado comerciantes a deixar a região. Para Girão, a insegurança está ligada à impunidade e à falta de ações eficazes para combater o crime organizado. O senador também anunciou que, junto com outros parlamentares, protocolou um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, destacando omissões em sua atuação e violação de princípios constitucionais.