O senador Márcio Bittar (União-AC) fez um pronunciamento no Plenário do Senado nesta terça-feira (11) lamentando a decisão da Comissão de Anistia de negar a indenização a Orlando Lovecchio Filho, vítima de um atentado terrorista ocorrido em 1968. Bittar criticou a justificativa da comissão, que considerou Lovecchio uma vítima do acaso, e não de perseguição política, comparando seu caso com o de ex-militantes que receberam indenizações do Estado por sua participação em ações da esquerda armada.
O parlamentar também destacou a discrepância entre o tratamento dado aos envolvidos no atentado contra Lovecchio e as indenizações recebidas por esses mesmos ex-militantes. Entre eles, mencionou o caso de Egmar José de Oliveira e Diógenes Carvalho de Oliveira, que receberam valores expressivos em compensações financeiras. Para o senador, a situação reflete uma falta de coerência no tratamento das vítimas e dos responsáveis por tais atos.
Além disso, Bittar defendeu a aprovação de um projeto de anistia para pessoas presas em decorrência dos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele comparou a severidade das penas impostas a esses indivíduos com a anistia concedida a militantes de grupos armados na década de 1970, enfatizando a necessidade de um debate mais equilibrado sobre o assunto no Congresso. O senador afirmou que cada parlamentar deve votar de acordo com sua consciência, respeitando a opinião pública.