Na última sexta-feira, o Senado dos Estados Unidos tomou uma decisão para evitar uma paralisação do governo, o que acabou transferindo parte significativa do poder orçamentário para o presidente e enfraquecendo o papel do Congresso. Essa manobra gerou insatisfação dentro do Partido Democrata, especialmente com a liderança de Chuck Schumer, o líder da minoria no Senado. A mudança repentina de postura, que passou de uma resistência a um acordo para manter o governo funcionando, gerou frustração entre os democratas e aumentou as discussões sobre a liderança partidária.
O acordo de emergência, que contou com o apoio de nove senadores democratas e do independente Angus King, permitiu a continuidade das operações do governo, mas também concedeu maior liberdade ao Executivo, com possíveis cortes em várias funções federais. O movimento foi considerado uma derrota para os democratas, que viam a oportunidade de se opor às ações do governo Trump sendo enfraquecida. A falta de uma estratégia unificada sobre como reverter os termos do acordo impediu uma oposição eficaz ao projeto da Casa Branca, resultando em um fortalecimento do poder executivo.
Apesar da insatisfação interna, não se espera uma mudança imediata na liderança de Schumer, embora haja especulações sobre a continuidade de sua posição até as próximas eleições. A situação reflete uma crescente resignação dentro do Partido Democrata, que tem enfrentado dificuldades para implementar uma oposição sólida contra a administração atual. Com os republicanos controlando a Câmara, o Senado e a Presidência, as possibilidades de uma resistência bem-sucedida tornam-se cada vez mais limitadas. O equilíbrio de poder parece inclinado, pelo menos até 2026, em favor do Executivo.