A votação das alterações na Lei da Ficha Limpa foi adiada no Senado devido a impasses entre parlamentares e o governo. O projeto, que visa modificar as regras de inelegibilidade, estava previsto para ser discutido esta semana, mas enfrenta resistência dentro do Congresso, sem uma nova data definida para sua análise. A principal dificuldade é a falta de consenso entre os senadores, além da ausência de uma posição clara do governo sobre o tema, o que gerou incertezas na base aliada.
Dentre as propostas em debate, destacam-se a redução dos prazos de inelegibilidade, que poderiam passar de 8 para 2 anos, e a flexibilização dos critérios que barram candidatos condenados, principalmente em relação a crimes ligados ao abuso de poder político e econômico. Outras propostas incluem mudanças nas regras para o registro de candidaturas, além de ajustes no Código Eleitoral, que podem alterar a forma de julgamento das impugnações pela Justiça Eleitoral.
O adiamento da votação também está relacionado à agenda apertada do Congresso, com o presidente do Senado e o presidente da Câmara se preparando para acompanhar uma viagem oficial ao Japão com o presidente da República. Caso a votação não ocorra até o final da semana, ela poderá ser remarcada para abril. As possíveis mudanças na Lei da Ficha Limpa têm o potencial de impactar diretamente as eleições futuras, gerando discussões sobre a eficácia das regras de combate à corrupção no país.