A Defesa Civil do estado de São Paulo realizou, pela primeira vez, o teste de um drone de grande porte no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O drone, modelo Agras MP, geralmente utilizado para pulverização agrícola, foi usado para aplicar larvicida em pontos de proliferação do mosquito em Mairiporã, cidade na região metropolitana de São Paulo. O equipamento tem autonomia de voo de até 20 minutos e pode operar a uma altura de até 50 metros, alcançando distâncias de até um quilômetro. A pulverização ocorreu em locais de difícil acesso, como áreas rurais e imóveis com terrenos grandes.
O uso do drone é parte de uma estratégia de apoio às equipes de saúde, que enfrentam dificuldades para acessar certos locais devido à geografia e à baixa adesão dos moradores. Em Mairiporã, apesar da baixa incidência de dengue, a cidade possui áreas rurais com residências de veraneio e dificuldade de controle pelos agentes de saúde. Em casos onde não foi possível contato com os moradores, os drones de observação realizaram uma primeira verificação, e, quando necessário, o drone foi acionado para a pulverização de larvicidas.
Embora o teste tenha mostrado resultados positivos, as autoridades estaduais estão considerando a utilização de drones menores, mais acessíveis, para a aplicação de larvicidas em pastilhas. O governo busca parcerias públicas e privadas para viabilizar esses testes e embasar futuras ações. Entretanto, as autoridades enfatizam que, apesar da inovação tecnológica, a prevenção e o envolvimento da população continuam sendo as melhores estratégias para o controle da dengue. A participação ativa da comunidade, como a manutenção da limpeza e a comunicação sobre focos do mosquito, é essencial para o sucesso do combate à doença.