Neste sábado, 1º de março, a Rússia anunciou que destruiu três drones ucranianos que tinham como alvo a infraestrutura do gasoduto TurkStream, que transporta gás através do Mar Negro para a Turquia e Europa. O Ministério da Defesa russo afirmou que os drones visavam uma estação de compressão localizada na região de Krasnodar, no sul do país. Este não é o primeiro ataque registrado contra o local, já que, segundo autoridades russas, as Forças Ucranianas tentaram atingir a mesma estação em janeiro, embora essas alegações não tenham sido confirmadas de forma independente.
Em um diálogo telefônico entre os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Turquia, Sergey Lavrov e Hakan Fidan, respectivamente, a Rússia pediu ao governo turco que utilizasse sua influência nas negociações com Kiev para evitar novos ataques contra a infraestrutura energética. A Turquia se comprometeu a tomar as medidas necessárias para enfrentar essa situação, conforme comunicado oficial. O governo russo busca apoio diplomático para proteger seus ativos energéticos e garantir a continuidade do fornecimento de gás.
Antes do início do conflito, a Rússia fornecia cerca de 40% do gás natural consumido pela União Europeia, por meio de diversos gasodutos. No entanto, com o agravamento da guerra, muitos desses fluxos foram interrompidos, sendo substituídos por exportações da Noruega e dos Estados Unidos. O gasoduto TurkStream, no entanto, continua funcionando, enviando gás para países como a Hungria, membro da União Europeia, além da Turquia e Sérvia. A interrupção desses fluxos tem sido um ponto crítico nas relações geopolíticas atuais.