A segunda temporada de “Ruptura”, série da Apple TV+, explora os dilemas dos funcionários da Lumon, uma empresa que manipula suas vidas pessoais e profissionais. A trama se destaca pela crítica à cultura corporativa, onde os empregados são tratados como descartáveis. Um exemplo claro é o confronto entre Harmony Cobel, uma das funcionárias, e sua chefe, que subestima suas contribuições e tenta justificar o controle da empresa sobre os funcionários. Essa dinâmica ilustra a forma como grandes corporações, ao esconderem abusos por trás de benefícios superficiais, tornam-se figuras opressoras.
A série ganha relevância ao refletir o contexto social e econômico atual, com um mercado de trabalho instável e uma crescente insatisfação com as condições corporativas. O público vê paralelos entre a experiência de trabalho retratada na ficção e as realidades vividas no mundo real, como o movimento de “quiet quitting” e as greves de trabalhadores em diversas indústrias. A série, portanto, não só expõe os problemas da cultura corporativa, mas também serve como um reflexo da insatisfação crescente com a exploração no ambiente de trabalho.
A narrativa de “Ruptura” também reforça a importância da união entre os colegas de trabalho como uma forma de resistência. Embora a série critique fortemente as corporações, ela destaca que os laços entre os funcionários são fundamentais para enfrentar as injustiças do sistema. Assim, “Ruptura” propõe uma reflexão crítica sobre o papel das corporações na sociedade moderna, enquanto incentiva a solidariedade entre trabalhadores como um meio de combate à opressão corporativa.