Durante o primeiro mês e meio do governo de Donald Trump, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, manteve conversas com representantes de 58 países, mas o Brasil não figurou entre os seus contatos. A lista de países com os quais Rubio interagiu inclui membros do G20, além de nações de outros continentes, como América Latina, Europa, Ásia e África. No entanto, o Brasil ficou de fora, mesmo após o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ter enviado uma carta cumprimentando Rubio por sua nomeação.
Embora o governo brasileiro tenha sido frequentemente mencionado por Trump em questões comerciais, como tarifas elevadas sobre produtos americanos, o Departamento de Estado se envolveu em uma polêmica com o Brasil recentemente. Através do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, foram feitas críticas públicas ao Brasil em relação a questões de liberdade de expressão e censura. Em resposta, o Itamaraty acusou o escritório de distorcer decisões do Supremo Tribunal Federal, enfatizando o respeito pela independência judicial do país.
Apesar da falta de contato direto entre os governos, uma aproximação com o Departamento de Estado está sendo conduzida pela embaixadora brasileira em Washington, Maria Luiza Viotti. A avaliação no Brasil é de que, em meio a um governo americano que tem sido agressivo com aliados tradicionais, é vantajoso para o país evitar atrair muita atenção da administração de Trump, uma vez que outras nações também enfrentam tensões nas relações diplomáticas com os Estados Unidos.