A revisão sobre a classificação legal da violência extrema, conduzida pelo observador do terrorismo no Reino Unido, concluiu que a decisão de não classificar certos atos como terrorismo foi acertada. A análise abordou o caso dos assassinatos em Southport, argumentando que ampliar a definição de terrorismo para incluir violência extrema, especialmente por indivíduos isolados, poderia ser problemático. O autor da revisão, Jonathan Hall KC, explicou que a definição de terrorismo já é suficientemente abrangente e que qualquer ampliação poderia levar ao uso impreciso e até ao abuso da legislação existente.
Hall também ressaltou que a legalidade e a eficácia da definição de terrorismo seriam comprometidas caso ela fosse estendida de maneira exagerada. Ele destacou que, embora os atos de violência extremista sejam graves, estendê-los à categoria de terrorismo sem uma análise detalhada poderia gerar inconsistências na aplicação da lei. A revisão propôs, portanto, cautela ao tratar casos de violência extrema, considerando as implicações legais e práticas dessa mudança.
A decisão reflete uma postura conservadora em relação à legislação do terrorismo, defendendo que a definição já oferece uma base robusta para lidar com ameaças sem necessidade de ajustes que possam comprometer sua precisão. O relatório final reforça a ideia de que a aplicação excessiva de uma definição ampla pode prejudicar o sistema jurídico, tornando-o menos eficiente em lidar com situações de risco real.