O Governo de Unidade Nacional de Mianmar (NUG), que lidera a resistência contra o regime militar, anunciou um cessar-fogo unilateral de duas semanas em áreas afetadas por um recente terremoto. A medida, válida a partir de domingo, visa facilitar os esforços de resgate e assistência humanitária, com colaboração prometida à ONU e a organizações não governamentais. O NUG também pediu a cooperação de grupos étnicos e cidadãos para garantir ajuda às vítimas.
O anúncio representa um desafio político aos militares, que têm limitado a ajuda a milhões de deslocados pela guerra, mesmo antes do terremoto. A resistência solicitou que a assistência humanitária seja levada sem restrições às áreas sob seu controle. Enquanto isso, a mídia local relatou que os militares continuaram ataques aéreos em regiões controladas pela oposição, mesmo após a tragédia.
Até o momento, não houve resposta oficial dos militares sobre o cessar-fogo. O terremoto, que já deixou mais de 1,6 mil mortos, agravou a crise humanitária no país, com riscos adicionais, como a liquefação do solo, alertados por especialistas. A situação permanece tensa, com desafios logísticos e políticos para a distribuição de ajuda.
