Equipes de resgate estrangeiras chegaram a Mianmar neste sábado (29) para auxiliar nas buscas por sobreviventes de um terremoto que deixou mais de 1.000 mortos no país, já afetado por uma guerra civil. O governo militar atualizou o balanço para 1.002 vítimas, um aumento significativo em relação aos 144 óbitos inicialmente reportados. Na Tailândia, pelo menos nove pessoas morreram, e dezenas ficaram presas sob os escombros de um prédio em construção em Bangkok. O Serviço Geológico dos Estados Unidos alertou que o número de mortos em Mianmar pode ultrapassar 10.000, com danos que podem superar a produção econômica anual do país.
A junta militar de Mianmar, que raramente solicita ajuda internacional, pediu assistência após o terremoto de magnitude 7.7, que danificou estradas, pontes e hospitais. Equipes de resgate da China, Rússia, Índia, Malásia e Singapura já estão no local, enquanto a Coreia do Sul anunciou um auxílio inicial de US$ 2 milhões. Os Estados Unidos, que mantêm relações tensas com o governo militar, também se dispuseram a fornecer apoio. As operações de busca concentram-se nas áreas mais atingidas, como Mandalay e Naypyitaw, onde um hospital sofreu graves danos.
Em Bangkok, as autoridades redobraram os esforços para resgatar trabalhadores presos sob os escombros de um arranha-céu desabado. Escavadeiras, drones e cães farejadores estão sendo usados para localizar sobreviventes, com pelo menos 15 ainda mostrando sinais de vida. Familiares aguardam ansiosos por notícias, enquanto a cidade retoma lentamente sua rotina. O governador de Bangkok afirmou que todos os recursos estão sendo mobilizados para salvar vidas, destacando a determinação das equipes de resgate.