Um relatório divulgado pelo jornal The Guardian expôs o envolvimento de pelo menos 25 policiais infiltrados em grupos políticos que mantiveram relações sexuais com membros do público sem revelar sua verdadeira identidade. Esses agentes, que atuaram ao longo de mais de três décadas, enganaram mulheres em diversas situações, uma prática que foi sistemática e amplamente disseminada entre os infiltrados.
A pesquisa revela que quase um quinto dos policiais enviados para monitorar movimentos políticos se envolveram em relações íntimas com as pessoas que estavam vigiando, sem divulgar a verdadeira natureza de suas missões. A estratégia, de acordo com o levantamento, foi adotada como parte de um esforço mais amplo para obter informações sobre grupos e indivíduos considerados subversivos ou dissidentes.
Esse comportamento levanta questões sobre os limites éticos e legais das operações de infiltração da polícia. A falta de transparência nas ações e o uso de engano para manipular relações pessoais colocam em discussão a legitimidade dessas práticas, ao mesmo tempo em que geram danos profundos às vítimas que se sentiram traídas por aqueles que deveriam proteger a sociedade.