Especialistas da ONU divulgaram um relatório no qual acusam as forças israelenses de cometerem atos genocidas e de utilizarem a violência sexual como uma estratégia de guerra durante o conflito em Gaza. A Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU afirmou que Israel teria destruído deliberadamente instalações de saúde voltadas para as mulheres, além de ter imposto medidas prejudiciais à capacidade reprodutiva da população palestina. O relatório também apontou o aumento da mortalidade materna devido à falta de suprimentos médicos, caracterizando esses atos como crimes contra a humanidade.
Em resposta, a missão permanente de Israel na ONU em Genebra rejeitou as acusações, considerando-as infundadas e sem credibilidade. Israel alegou que suas forças armadas seguem diretrizes claras contra abusos, e que os procedimentos de revisão de condutas estão em conformidade com as normas internacionais. O relatório da ONU também mencionou outras violações cometidas por grupos armados palestinos, como tortura e tratamento degradante, em referência a um ataque ocorrido em outubro de 2023.
Israel é signatário da Convenção sobre Genocídio, mas não faz parte do Estatuto de Roma, que permite ao Tribunal Penal Internacional julgar casos de genocídio e crimes contra a humanidade. Em janeiro de 2024, a Corte Internacional de Justiça ordenou que Israel tomasse medidas para evitar a prática de atos genocidas no contexto da guerra contra o Hamas.