A ministra de Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, declarou que a economia britânica será prejudicada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, mesmo que o Reino Unido não seja alvo direto dessas cobranças. Reeves destacou que o livre-comércio é benéfico para as economias envolvidas, mas advertiu que o aumento das tarifas traria efeitos negativos, como a desaceleração do comércio global, o crescimento mais baixo do PIB e a inflação mais alta.
Embora reconheça que um acordo de livre-comércio com os EUA não será fácil, devido a interesses de ambos os lados, Reeves se mostrou otimista quanto à possibilidade de um entendimento entre as duas nações. Ela ressaltou que a relação comercial entre o Reino Unido e os Estados Unidos é equilibrada, o que poderia favorecer um futuro acordo. No entanto, a ministra enfatizou que esse acordo não deve ser uma escolha entre os EUA e os parceiros europeus, como a União Europeia.
Além disso, a ministra abordou o aumento dos gastos com defesa proposto pelo governo britânico, que pretende elevar os investimentos para 2,5% do PIB. Para financiar esse aumento, o Reino Unido pretende realizar cortes em programas de ajuda internacional. A medida foi discutida com outros ministros de Finanças da Europa durante reunião no G20, com um reconhecimento generalizado de que é necessário fortalecer as capacidades de defesa no continente.