Em Hanau, uma cidade de médio porte na Alemanha, ocorreu um ataque em 19 de fevereiro de 2020, quando um atirador de extrema direita matou nove pessoas, alegando que eram imigrantes, antes de tirar a própria vida e matar sua mãe. O atentado gerou uma onda de choque não só entre as comunidades imigrantes, mas em todo o país, levantando questões sobre como o estado alemão lida com o terrorismo de extrema direita. A cidade, que se orgulha de ser o berço dos Irmãos Grimm, passou a ser associada a um episódio de violência extrema que expôs vulnerabilidades no sistema de segurança e nas respostas a ameaças de grupos extremistas.
O caso de Hanau trouxe à tona o legado do movimento neonazista, especialmente após os assassinatos cometidos pelo grupo terrorista Nacional-Socialista Subterrâneo (NSU) durante a década de 2000. Esse histórico de violência de direita no país questiona a eficácia das políticas de segurança pública no enfrentamento de ideologias extremistas e na prevenção de tragédias semelhantes. O ataque deixou uma marca profunda, provocando uma reflexão sobre as medidas adotadas pelas autoridades para lidar com essas ameaças.
Cinco anos após o ataque, a mãe de uma das vítimas fez um apelo por justiça, o que provocou uma reação inesperada do estado. Esse novo clamor renovou o debate sobre a responsabilidade das instituições governamentais e sua resposta a tragédias de motivação extremista. A tragédia de Hanau continua a ser um ponto crucial nas discussões sobre a luta contra o terrorismo de direita e a segurança das comunidades imigrantes na Alemanha.