A recente queda no preço do Bitcoin, que chegou a cair 28% desde seu recorde histórico de $109.000 em janeiro, pode ser atribuída a uma série de fatores interligados. O cenário macroeconômico global, com o declínio das ações e o aumento dos juros dos Títulos do Tesouro dos EUA, gerou incertezas, especialmente em relação às políticas econômicas e tarifárias do governo. Como o Bitcoin é considerado um ativo de alta beta, sua queda foi acentuada juntamente com a volatilidade dos mercados financeiros tradicionais.
Além disso, o mercado de criptomoedas foi abalado pelo maior hack da história, que envolveu a exchange Bybit e resultou em perdas de cerca de $1,5 bilhão. O ataque, atribuído a um grupo hacker, afetou a confiança dos investidores, especialmente devido à natureza segura do tipo de carteira afetada. Esse evento gerou uma sensação de insegurança, fazendo com que muitos investidores repensassem suas estratégias e adiassem novas compras de Bitcoin, o que aprofundou a queda no valor.
Outro fator relevante foi o comportamento dos investidores em ETFs de Bitcoin. A maior saída líquida desde o lançamento dos ETFs em 2024 contribuiu para uma pressão adicional no mercado. A venda de contratos futuros também pesou na desvalorização da criptomoeda, com traders buscando lucros rápidos em operações de arbitragem. Por fim, o cenário político e as promessas não cumpridas em relação ao apoio à criptomoeda pelo governo geraram uma sensação de estagnação no mercado, o que também contribuiu para a queda do ativo.