O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, afirmou que o partido tomará medidas caso o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) continue a tentar interferir nos trabalhos da Comissão de Relações Exteriores da Casa. A declaração veio após o anúncio de que Eduardo se licenciará do cargo para atuar em questões relacionadas a sanções internacionais, especialmente no que tange aos direitos humanos.
Lindbergh comemorou o afastamento de Eduardo, considerando uma vitória para a democracia, uma vez que o deputado estava utilizando seu mandato para atuar em questões que, segundo ele, prejudicavam a justiça e os interesses do Brasil. O petista já havia demonstrado oposição à nomeação de Eduardo para a comissão, e chegou a sugerir que o partido só aceitaria sua presença no cargo de presidente se estivesse fora do país.
O Regimento Interno da Câmara permite que parlamentares se licenciem por interesse particular, como é o caso de Eduardo. Nesse cenário, ele não receberá remuneração, e, caso a licença se prolongue, seu suplente, Missionário José Olímpio (PL-SP), assumirá seu posto. A movimentação de Eduardo também gerou pedidos de investigação por parte de Lindbergh, especialmente após articulações com autoridades internacionais contra membros do Supremo Tribunal Federal.