Um psicólogo de 30 anos foi preso preventivamente no Distrito Federal, suspeito de torturar e realizar experimentos em pelo menos 16 gatos tigrados na região do Gama. A decisão judicial ocorreu após pedido da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) e parecer favorável do Ministério Público. O suspeito já havia sido indiciado 16 vezes por maus-tratos a animais, crime que pode render de 2 a 5 anos de reclusão por cada caso, conforme a Lei de Crimes Ambientais.
As investigações revelaram que o acusado selecionava gatos de pelagem tigrada e usava um discurso emocional para convencer protetores a cederem os animais. Relatos indicam que os gatos desapareciam após a adoção, e o suspeito inventava histórias sobre seu sumiço para obter novos animais. Em áudios obtidos pela polícia, ele confessou realizar experimentos e mencionou surtos nos quais teria abandonado dois gatos, reforçando as suspeitas de tortura e morte.
Uma protetora conseguiu resgatar um gato que estava sob os cuidados do acusado, encontrando-o com uma pata fraturada e necessitando de cirurgia. As investigações continuam, e o número de vítimas pode aumentar conforme novos casos são descobertos. As autoridades ainda não sabem que tipo de experimentos eram realizados, mas o caso tem mobilizado a atenção sobre crimes contra animais na região.