Na quarta-feira (12), manifestantes se reuniram em frente ao Congresso da Argentina para protestar contra os cortes nas pensões dos aposentados. O protesto gerou confrontos violentos entre os participantes e as forças de segurança, resultando em centenas de prisões e dezenas de feridos. Um dos feridos mais graves foi um fotógrafo que estava documentando os eventos e foi atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo, levando-o a ser hospitalizado em estado crítico.
Os protestos, que ocorreram em meio a um contexto de crescente insatisfação com as políticas do governo, não contaram apenas com a presença de aposentados, mas também de torcedores de futebol, hooligans e membros de organizações políticas, o que intensificou a violência. As forças de segurança responderam com gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, enquanto o governo implementava medidas rigorosas para garantir a ordem pública. Durante o dia, mais de 150 pessoas foram presas e 46 ficaram feridas, incluindo tanto manifestantes quanto policiais.
Além das tensões no Congresso, o protesto evidenciou a difícil situação econômica enfrentada pelos aposentados, com muitos recebendo pensões mínimas que não acompanham a inflação do país. O governo de Javier Milei, focado em reduzir o déficit fiscal, tem enfrentado resistência crescente das classes afetadas, especialmente dos aposentados, que se tornaram um dos principais alvos das políticas de austeridade. As investigações sobre os confrontos levaram à liberação de grande parte dos detidos, mas os danos materiais também foram significativos, incluindo a destruição de uma viatura policial.