Centenas de manifestantes ocuparam o saguão da Trump Tower, em Nova York, na quinta-feira (13), para protestar contra a prisão e possível deportação do estudante da Universidade Columbia, Mahmoud Khalil. Khalil, que foi preso em Nova York no sábado (8) e atualmente está sob custódia imigratória na Louisiana, é um ativista pró-palestino, e sua detenção gerou uma onda de indignação, especialmente entre legisladores democratas e defensores dos direitos humanos. A manifestação foi organizada pelo grupo Jewish Voice for Peace, que se posiciona contra o sionismo e criticou a administração pelo que consideram uma tentativa de criminalizar o movimento palestino.
A prisão de Khalil foi vista como parte de um esforço mais amplo por parte da administração para deportar ativistas estrangeiros envolvidos em protestos, especialmente após a escalada de tensões entre Israel e Palestina em 2023. A ação ocorre após uma série de manifestações nos campi universitários dos EUA, nas quais Khalil foi uma figura central. O movimento tem criticado duramente a política dos EUA em relação ao conflito no Oriente Médio, com a afirmação de que a administração está facilitando o “genocídio financiado pelos EUA” contra os palestinos.
Os manifestantes, que ocuparam a Trump Tower e carregaram cartazes em apoio à Palestina e à liberdade de Khalil, foram dispersados pela polícia de Nova York, que não confirmou o número de prisões. De acordo com autoridades locais, não houve feridos durante os protestos. A Trump Organization, responsável pelo edifício, não comentou o ocorrido. Este episódio marca um ponto de inflexão em uma série de prisões e ações que podem seguir em outros locais, conforme anunciado anteriormente pela administração.