Um protesto contra o projeto de lei que prevê anistia para envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 ocorreu neste domingo (30) na Avenida Paulista, em São Paulo. Organizado por entidades ligadas a partidos de esquerda, o ato contou com cerca de 6.600 participantes no horário de pico, segundo monitoramento da USP e da ONG More in Common. Lideranças políticas criticaram a proposta e afirmaram que a base governista está unida para barrar sua aprovação na Câmara, enquanto manifestantes marcharam em memória do golpe de 1964, encerrando o protesto no antigo DOI-Codi.
Além de São Paulo, manifestações ocorreram em outras sete capitais, incluindo Belo Horizonte, Recife e Brasília. O projeto, de autoria de um deputado federal, busca anistiar participantes de manifestações desde outubro de 2022, mas enfrenta resistência de setores que o veem como benefício a acusados de tentativa de golpe. A oposição questionou o número de participantes do ato em São Paulo, enquanto organizadores destacaram a importância simbólica da mobilização, independente do tamanho do público.
O debate sobre o projeto deve se intensificar nesta semana, com a base governista prometendo barrar sua tramitação. Enquanto isso, a discussão pública divide opiniões, refletindo tensões políticas mais amplas. O protesto destacou a polarização em torno do tema, com ambos os lados buscando influenciar a narrativa e o desfecho legislativo.