Na manhã de quarta-feira, 12 de março, um protesto de aposentados contra o governo de Javier Milei em Buenos Aires resultou em confrontos violentos com a polícia, levando à detenção de 150 pessoas e deixando pelo menos 15 feridos. Os aposentados, que têm se mobilizado todas as semanas, reivindicam aumentos nas pensões devido à perda do poder de compra causada pela inflação e pelas políticas econômicas do governo. O protesto foi reforçado por torcidas organizadas de futebol, o que gerou um maior nível de tensão e levou o Ministério da Segurança a adotar medidas mais rígidas para evitar maiores conflitos.
O protesto teve início quando centenas de manifestantes marchavam pela Avenida 9 de Julho. A polícia, que tentava bloquear a rua ocupada pelos manifestantes e impedir seu avanço em direção ao Congresso, iniciou uma ação de contenção. A situação rapidamente se escalou, com manifestantes lançando objetos contra os agentes de segurança, que responderam com jatos de água e gás lacrimogêneo. Durante o confronto, um carro da polícia foi incendiado, e as tensões se espalharam para o Centro Histórico de Buenos Aires, perto da Casa Rosada, sede do governo argentino.
Entre os feridos, estavam tanto manifestantes quanto policiais, com destaque para um manifestante que foi atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogêneo. Todos os feridos foram encaminhados para hospitais locais, incluindo o Argerich e o Ramos Mejía. A situação gerou uma forte mobilização das autoridades e a continuação das tensões entre a população e as forças de segurança, refletindo o crescente descontentamento com as políticas do governo em relação aos aposentados.