Proprietários de imóveis comercializados como “acessíveis” estão planejando uma ação legal contra o governo, após enfrentarem aumentos substanciais nas taxas de serviço, que podem chegar até R$ 8.000 por ano. As casas de posse compartilhada foram criadas para ajudar as pessoas a entrarem no mercado imobiliário, permitindo que adquiram uma parte do imóvel, enquanto pagam um aluguel subsidiado pela propriedade restante. Contudo, os moradores também enfrentam cobranças adicionais, que inicialmente variam de R$ 1.250 a R$ 1.750 mensais.
A situação piora quando, após a venda das unidades, os proprietários descobrem que essas taxas podem aumentar significativamente, alcançando até R$ 3.000 mensais ou mais. Muitos moradores expressam desespero com os custos elevados, que tornam o pagamento das taxas quase impossível. As taxas de serviço incluem manutenção e outros custos operacionais relacionados à gestão do imóvel, mas os aumentos inesperados têm gerado um sentimento de frustração entre os residentes.
Em meio ao aumento das taxas, moradores de vários imóveis “acessíveis” estão considerando a possibilidade de processar as autoridades competentes, devido à falta de transparência e previsibilidade nos custos. A situação tem gerado uma discussão sobre a eficácia e os limites do modelo de “propriedade compartilhada”, que inicialmente parecia uma solução para ajudar pessoas de baixa e média renda a conquistarem seu espaço no mercado imobiliário. A ação legal busca encontrar formas de mitigar os impactos financeiros para os moradores dessas propriedades.