Representantes de organizações femininas apresentaram propostas para aumentar a participação das mulheres na política durante um seminário na Câmara dos Deputados. Uma das iniciativas é um projeto de lei de iniciativa popular que reserva 50% das vagas no legislativo — federal, estadual e municipal — para mulheres, com metade dessas vagas destinadas a mulheres negras nas câmaras de vereadores e 25% nos demais níveis. A proposta busca legitimidade por meio de 1,5 milhão de assinaturas, reforçando a necessidade de maior representatividade feminina na democracia.
Outro projeto em destaque, já aprovado na Câmara e em comissões do Senado, propõe cotas para mulheres nos conselhos administrativos de empresas estatais e de economia mista, com um terço das vagas reservadas a elas — sendo parte desse percentual para mulheres negras ou com deficiência. A mobilização continua para garantir a aprovação final no Senado, com expectativa de que o tema seja pautado em breve.
Além das cotas, organizações como Elas no Poder e a Associação das Mulheres Advogadas de Alagoas defenderam a revogação da Lei de Alienação Parental, alegando que ela tem sido usada para perseguir mulheres e retirar a guarda de crianças com base em acusações falsas. O seminário, promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara e pelo Grupo Mulheres do Brasil, destacou a urgência de medidas que promovam equidade e combatam violências institucionais.