O líder russo sugeriu, em discurso nesta sexta-feira, 28, que a Ucrânia possa ser colocada sob governança temporária patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU), como parte de esforços para um acordo pacífico. A proposta, apresentada durante conversa com uma tripulação em submarino nuclear, incluiria a participação de países como os Estados Unidos e nações europeias, além de parceiros regionais. O objetivo seria permitir eleições democráticas no país e abrir caminho para negociações de paz, embora tenha sido ressaltado que se trata de apenas uma das opções em discussão.
A justificativa apresentada foi a alegação de que o atual governo ucraniano não teria legitimidade para assinar um cessar-fogo, com o argumento de que futuros líderes poderiam contestar qualquer acordo firmado. A declaração gerou reações imediatas, incluindo uma resposta irônica do porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, que propôs, em publicação no X, uma governança temporária da ONU na Rússia como contraproposta.
O impasse reflete as tensões contínuas no conflito, com ambos os lados buscando posicionar-se estrategicamente nas negociações. Enquanto a proposta russa busca internacionalizar a questão, a resposta ucraniana indica a dificuldade de alcançar consenso diante das divergências profundas entre as partes. A situação permanece em aberto, sem indicações claras de avanços imediatos.