A proposta de cessar-fogo de 30 dias, impulsionada pelos Estados Unidos, recebeu a aprovação inicial da Ucrânia, mas depende agora da anuência do Kremlin para entrar em vigor. O presidente russo, Vladimir Putin, expressou sua aceitação, mas com várias condições, incluindo o reconhecimento das regiões ucranianas anexadas pela Rússia, a proibição da entrada da Ucrânia na Otan e a proibição de tropas de paz estrangeiras no território ucraniano. O Kremlin também questiona detalhes sobre o monitoramento do cessar-fogo e o fornecimento de armas à Ucrânia durante esse período.
O conflito, que já dura mais de três anos, envolve disputas territoriais significativas, especialmente em regiões como a Crimeia, Donetsk e Luhansk, que foram anexadas pela Rússia em 2014. Embora o governo ucraniano tenha se mostrado resistente a qualquer acordo que comprometa a integridade territorial do país, o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu recentemente que a cessão de alguns territórios à Rússia poderia ser parte de um acordo de paz, incluindo até mesmo a maior usina nuclear da Europa, localizada na Ucrânia.
Além das questões territoriais, a proposta de cessar-fogo também toca em um ponto delicado: a possível entrada da Ucrânia na Otan, uma aliança militar ocidental que Moscou considera uma ameaça à sua segurança. A Ucrânia busca se integrar à Otan, o que é visto como um objetivo estratégico, mas a Rússia resiste a essa possibilidade. A ideia de enviar tropas de paz internacionais para monitorar a trégua também foi discutida, com alguns países europeus dispostos a agir, mas a Rússia vê com ceticismo a presença de tropas estrangeiras perto de suas fronteiras.