Um projeto de lei que propõe anistia para participantes de manifestações realizadas a partir de outubro de 2022, incluindo os atos de 8 de janeiro de 2023, está parado no Congresso. O presidente do Senado afirmou que o tema não é prioridade para a população e sinalizou falta de interesse em avançar com a proposta. Especialistas alertam que o texto, ao mencionar “manifestantes” de forma genérica, pode beneficiar inclusive envolvidos em ações antidemocráticas.
Embora partidos do Centrão e aliados do ex-presidente articulem apoio à anistia, a mobilização tem sido menor do que o esperado. Uma recente manifestação em Copacabana, por exemplo, não alcançou o impacto político desejado, indicando possível enfraquecimento da influência do grupo. Além disso, o presidente da Câmara demonstrou cautela, sugerindo que não levará o projeto a votação sem consenso e sem evitar conflitos com o STF.
No momento, a aprovação da proposta é considerada improvável. Líderes de partidos de centro-direita avaliam que a pauta não tem apelo popular suficiente para justificar sua tramitação. A discussão, no entanto, reflete tensões políticas persistentes e a disputa por espaço na agenda governamental.