O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que o projeto do governo para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 5 mil não deverá enfrentar dificuldades de aprovação no Congresso Nacional. Segundo ele, a medida é financeiramente sustentável e visa promover justiça social, com uma possível perda fiscal de R$ 25,84 bilhões em 2026, além de estabelecer descontos para salários entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
Como compensação, o governo propôs a criação de uma alíquota mínima para famílias com renda superior a R$ 50 mil mensais, o que pode gerar uma arrecadação adicional de R$ 34,12 bilhões. Barreirinhas destacou que o sistema tributário brasileiro historicamente onera mais a renda do trabalho do que a do capital, e que a proposta não implica a criação de um novo imposto, mas sim um ajuste nas contribuições de pessoas com rendas elevadas.
Além de beneficiar os trabalhadores com um alívio financeiro, que pode funcionar como uma espécie de “14º salário”, a medida tem o potencial de aquecer a economia, estimulando o consumo. Isso, segundo o secretário, pode gerar uma compensação significativa para os Estados e Municípios por meio da arrecadação do ICMS e ISS. Barreirinhas ainda mencionou que a tabela do Imposto de Renda permaneceu congelada por oito anos, o que trouxe benefícios significativos para os entes federativos.