O Progressistas (PP) decidiu avançar nas negociações para formar uma federação partidária com o União Brasil. A decisão foi tomada por parlamentares e dirigentes do PP, que delegaram ao presidente do partido, o senador Ciro Nogueira, a tarefa de finalizar os entendimentos com o União Brasil. A expectativa é que o arranjo seja formalizado em breve, assim que o União Brasil também aprovar internamente a união. A aliança tem como objetivo consolidar a maior bancada na Câmara dos Deputados e garantir maior acesso a recursos públicos para campanhas e manutenção dos partidos.
As federações partidárias, que foram introduzidas na legislação eleitoral em 2021, têm gerado discussões, especialmente por seu impacto financeiro e político nas campanhas eleitorais. Quando duas ou mais siglas formam uma federação, elas passam a atuar como uma única força política por um período mínimo de quatro anos, com o desempenho eleitoral combinado para o cálculo da cláusula de barreira. A possibilidade de PP e União Brasil somarem seus recursos pode garantir a maior fatia do fundo público destinado ao financiamento de campanhas, com cerca de R$ 1 bilhão em 2024.
Outros partidos, especialmente da esquerda, observam atentamente os desdobramentos dessa federação, temendo que a aliança PP-União Brasil crie um bloco tão forte que possa impactar negativamente as campanhas de outros partidos nas eleições de 2026. No cenário atual, há também outras federações registradas no Brasil, como a Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, e uma aliança entre PSOL e Rede. No entanto, algumas dessas federações enfrentam desafios internos, como o caso do Cidadania, que rompeu com o PSDB e não renovará sua aliança em 2026.