O programa Minha Casa Minha Vida, que foi retomado em 2023 durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem gerado impactos significativos no setor da construção civil. O relatório da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aponta um crescimento de 4,3% no setor, superando a previsão inicial de 4,1%. O número de contratações formais aumentou consideravelmente, com destaque para o Pará, que registrou 13.349 vagas formais, sendo Belém responsável por 23,7% desse total. O aumento das vendas e lançamentos de imóveis também foi notável, com o programa mostrando uma alta de 43,3% nas vendas e 44,2% nos lançamentos.
Em termos de mercado de trabalho, a construção civil no Brasil teve um saldo de 230.856 novas vagas entre janeiro e outubro de 2024, com destaque para a geração de empregos entre jovens de 18 a 29 anos. O salário médio de admissão foi de R$ 2.335,69, superando a média nacional. Além disso, a diversificação nos segmentos da construção, como a construção de edifícios e infraestrutura, também contribuiu para o crescimento sustentado do setor. A atuação do FGTS e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) teve papel crucial, com um aumento de 28,12% no financiamento de unidades habitacionais no primeiro semestre de 2024.
O impacto do Minha Casa Minha Vida se estende além da geração de empregos e inclui o desenvolvimento de moradias para diversas regiões, principalmente no Norte e Nordeste do país. O programa não só beneficiou áreas urbanas, mas também levou melhorias para as zonas rurais, com 75 mil unidades habitacionais selecionadas desde 2023 para a modalidade rural. A expectativa é que o setor continue a crescer em 2025, com previsão de expansão de 2,3% no mercado imobiliário, sustentada pela continuidade dos lançamentos e pela confiança dos empresários no setor.