O Banco do Brasil anunciou a concessão de mais de R$ 600 milhões em empréstimos através do programa Crédito do Trabalhador, voltado para trabalhadores formais. A iniciativa, regulamentada por medida provisória, já beneficiou 193,7 mil contratos em seus primeiros sete dias, totalizando R$ 1,28 bilhão em operações. O valor médio dos empréstimos foi de R$ 6.623,48, com parcelas mensais de R$ 347,23 e prazo médio de 19 meses. O programa abrange 47 milhões de trabalhadores, incluindo empregados domésticos, rurais e microempreendedores individuais (MEIs).
O processo de contratação ocorre exclusivamente pelo aplicativo Carteira de Trabalha Digital, que envia dados como salário e tempo de serviço para análise das instituições financeiras. As ofertas são apresentadas em até 24 horas, e as parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento, limitadas a 35% da renda mensal. Em caso de demissão, o trabalhador pode usar até 10% do FGTS ou 100% da multa rescisória para quitar parte da dívida, transferindo o saldo restante para o novo emprego.
O governo federal estima que 25 milhões de trabalhadores terão acesso ao programa nos próximos quatro anos, ampliando a inclusão financeira e reduzindo juros. A partir de 25 de abril, novas instituições poderão oferecer o crédito por meios digitais, e a portabilidade de contratos estará disponível em junho de 2025. O crédito consignado no setor privado já soma 3,8 milhões de contratos, ultrapassando R$ 40 bilhões em operações.