A indústria brasileira registrou uma recuperação significativa em fevereiro, com o Índice de Gerentes de Compras (PMI) subindo de 50,7 para 53,0, indicando crescimento. O aumento na demanda foi o principal fator por trás dessa recuperação, refletido em um crescimento nas vendas e na produção, que alcançou o nível mais alto desde setembro do ano anterior. No entanto, apesar da melhora, os preços de venda continuaram a subir devido a custos elevados de insumos como frete, combustíveis e matérias-primas, além da fraqueza cambial.
A produção no setor industrial foi impulsionada por um aumento nas novas encomendas, que superaram a contração observada nos meses anteriores. Embora a demanda interna tenha mostrado sinais positivos, as exportações seguiram em queda, com destaque para uma redução marginal nas encomendas de mercados como Argentina, Reino Unido e Estados Unidos. Isso levou a uma modesta queda nas encomendas internacionais pelo quarto mês consecutivo.
Apesar da queda nas exportações, o setor industrial manteve um otimismo em relação ao futuro, com as empresas prevendo crescimento nos próximos 12 meses. Esse sentimento positivo resultou em uma aceleração na criação de empregos no setor, com a taxa de contratação alcançando o nível mais alto em dez meses. A combinação do aumento da demanda interna e a expansão da produção contribuiu para um cenário mais favorável para a indústria brasileira no curto prazo.