A promotoria financeira francesa solicitou, nesta quinta-feira (27), sete anos de prisão e uma multa de 300 mil euros contra um ex-presidente do país, acusado de financiar sua campanha eleitoral de 2007 com recursos supostamente recebidos de forma ilegal da Líbia. O Ministério Público também pediu penas de prisão para dois ex-ministros, alegando envolvimento em um pacto de corrupção com o antigo regime líbio. Segundo os procuradores, as provas incluem rastros de dinheiro em espécie e contrapartidas prometidas ao governo da época.
Durante o julgamento, a acusação descreveu o esquema como “inconcebível, inaudito e indecente”, afirmando que crimes como corrupção, financiamento ilegal e associação criminosa foram comprovados. A defesa, por sua vez, classificou as acusações como “falsas e violentas”, argumentando que a severidade da pena pedida mascara a fragilidade das provas. O réu, que já cumpre uma condenação anterior em casa, nega as acusações e aguarda a apresentação dos argumentos finais de sua defesa em abril.
Além do ex-presidente, outras 11 pessoas estão sendo julgadas no caso, incluindo um ex-ministro contra quem a promotoria pediu um ano de prisão por cumplicidade. O processo segue em andamento, com decisão final ainda pendente. O caso tem atraído atenção internacional devido às alegações de envolvimento de um governo estrangeiro e aos valores expressivos em jogo.