Após o fim do regime militar e o início da redemocratização, o Brasil intensificou a venda de empresas estatais como parte de um movimento global de abertura econômica. Durante os primeiros anos da democracia, o governo de Fernando Collor implementou o Programa Nacional de Desestatização (PND), que visava reduzir o papel do Estado na economia. Esse processo ganhou força nas décadas seguintes, especialmente nos governos de Fernando Henrique Cardoso, com a privatização de grandes empresas em setores como telecomunicações, energia e siderurgia, e consolidou a primeira grande privatização com a venda da Usiminas em 1991.
Nos governos seguintes, de Luiz Inácio Lula da Silva a Dilma Rousseff, o foco das privatizações e concessões se voltou para infraestrutura e parcerias público-privadas (PPPs). Obras de grande escala, como rodovias, ferrovias, e aeroportos, foram concedidas à iniciativa privada, destacando-se, entre outras, os leilões de aeroportos como Guarulhos e Brasília. Já no governo Michel Temer, as privatizações se intensificaram com a venda de ativos da Petrobras e novas concessões no setor de transportes, além de leilões no setor de energia.
Com a gestão de Jair Bolsonaro, a agenda de privatizações e concessões foi mantida, com a conclusão de importantes processos, como a venda da BR Distribuidora e a privatização da Eletrobras. Além disso, o governo avançou com novos leilões, tanto de aeroportos e rodovias como de petróleo e portos, visando ampliar a participação do setor privado na economia nacional. O processo de privatização, portanto, evoluiu ao longo dos anos, refletindo a busca do Brasil por modernização econômica e maior eficiência no uso de recursos estatais.